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POGOs nas Filipinas: ex-assessor da presidência é acusado de tráfico humano em investigação de casas ilegais

O ex-assessor presidencial das Filipinas, Harry Roque, foi acusado de tráfico humano pela Comissão Presidencial Anti-Crime Organizado do país, a PAOCC, em um caso envolvendo apostas e jogos. Na última segunda-feira (28), autoridades apresentaram uma petição acusando Roque, que também já foi advogado do ex-presidente Rodrigo Duterte, de participar em tráfico de pessoas relacionado a uma das POGOs (casas de apostas offshore que oferecem serviços à China e recentemente foram banidas nas Filipinas) em na cidade de Porac, Pampanga.

A POGO, chamada de Lucky South 99, foi alvo de operação policial em junho após denúncias de tráfico humano. Dentro do complexo da operadora, foram encontrados mais de 150 trabalhadores filipinos e estrangeiros que haviam sido traficados e presos, forçados a aplicarem golpes na internet.

A imprensa local afirma que as vítimas sofriam punições físicas caso não cumprissem metas, e que alguns dos trabalhadores resgatados apresentavam sinais de agressão. A polícia encontrou um homem algemado a uma cama.

Algumas semanas após a operação, dentre tantas outras que revelavam problemas com crime organizado e tráfico humano, o presidente Ferdinand Marcos Jr anunciou um banimento de toda a indústria.

Acusações contra ex-assessor das Filipinas nas POGOs

Entre 2017 e 2021, Harry Roque atuou como advogado e porta-voz do ex-presidente Rodrigo Duterte, responsável por legalizar as POGOs em 2016. Ao mesmo tempo, o ex-assessor oferecia serviços de consultoria jurídica nas Filipinas para a Lucky 99 South, em nome de Cassandra Li Ong, suposta chefe da operação. As reuniões tratavam de trâmites com a Pagcor, órgão regulador do jogo no país.

Cassandra Li Ong foi presa na Indonésia e extraditada para as Filipinas em agosto, sob a mesma investigação relacionando o ramo offshore de apostas do país e crime.

Segundo o porta-voz da Pagcor, Winston Casio, documentos presentes na sede na Lucky 99 South implicavam fortemente a participação de Roque na operação. O promotor Darwin Cañete também alega que ele estava ciente das atividades ilegais no complexo, e que se beneficiou das mesmas, omitindo informações das autoridades.

O ex-assessor não aparece em público há meses, mas é ativo no Facebook, onde defendeu que foi vítima de uma acusação forjada: ” A PAOCC demorou 4 meses depois da operação para conseguir testemunhas que concordassem em mentir para me prejudicarem.” Ele também prometeu responder à acusação de tráfico humano, mas não comentou se iria estar presente na investigação do senado.

Fonte: iGB

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