O mercado de apostas esportivas e jogos online conta com dezenas de empresas e serviços diferentes entre o jogador e a banca. Em suma, existem as desenvolvedoras de jogos, as plataformas que os sediam e as operadoras dessas plataformas (sendo elas as conhecidas bets). O dinheiro das apostas percorre um longo caminho até o seu destino final.
Além desses players principais, existem empresas de pagamento online (fintechs), que têm ganhado espaço com a necessidade de seguir a regulação no país. As fintechs são responsáveis pelas movimentações financeiras no iGaming, e conseguem, por exemplo, identificar atividades suspeitas como os altos valores apostados no cartão de Bruno Henrique do Flamengo, sendo peças importantes na fiscalização.
Leonardo Baptista, presidente da Pay4Fun, plataforma de pagamentos de jogos online, contou à Folha de S. Paulo um pouco sobre de onde vem e para onde vai o dinheiro das apostas.
Qual o caminho do dinheiro das apostas?
Segundo Baptista, 95% das operações que colocam dinheiro no ambiente virtual de apostas no Brasil são por PIX, o restante é transferência bancária. O valor sai da conta do apostador e vai, primeiro, para a plataforma de pagamentos, que notifica a operadora. A bet transfere o montante para o perfil do usuário numa conta transacional.
“O dinheiro está depositado com a gente. Todos os dias, somos obrigados pelo Banco Central do Brasil a fazer fechamento [das contas das bets] e comprar o saldo em títulos do Tesouro Nacional”, conta Baptista. A diferença entre apostas vencedoras e perdedoras pertence à casa de apostas, que deve informar ao serviço de pagamentos para onde vai o montante. “Se o dinheiro será enviado para o exterior, passa pelo banco de câmbio e paga IOF.”
No site de apostas, cada jogador deve ter acesso a informações em sua conta gráfica, como: histórico de movimentações dos últimos 36 meses, valor de apostas em aberto e saldo disponível, que em caso de saque, deve chegar ao usuário em até 72 horas.
A separação das contas dos jogadores torna mais claro quais valores pertencem à banca e quais são do apostador. Assim, este fica protegido de perder o dinheiro depositado caso a bet declare falência. As operadoras também não podem comprar ações ou realizar demais investimentos com o dinheiro nas contas.
O sistema também facilita a coleta de impostos. Segundo Pedro Porcaro, advogado especializado do escritório Madrona Fialho Advogados, “foi um desenho muito pensado na arrecadação, que fica mais fácil com todas as operações digitalizadas.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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