A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a manipulação de jogos e apostas esportivas retomou suas atividades nesta segunda-feira (29). O encontro, que começou às 15h, contou com a presença de representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Entre os convidados para a audiência estão Hélio Santos Menezes Júnior, diretor de Governança e Conformidade, e Eduardo Gussem, oficial de Integridade, ambos da CBF.
O vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão (Novo-CE), foi quem solicitou a presença do diretor Hélio Menezes Júnior, alegando que a manipulação de resultados é uma prática antiga e que a CBF, como principal entidade gestora das competições esportivas no Brasil, deve adotar medidas rigorosas para combater essa prática.
Além disso, a CPI também convidou Júlio Avellar, diretor de Competições da CBF, para dar seu depoimento. Segundo o requerimento para o convite de Avellar, 139 partidas de futebol em 2022 levantaram suspeitas de manipulação, e no ano anterior foram 109 partidas suspeitas, abrangendo todas as séries do Campeonato Brasileiro (A, B, C e D).
O senador Romário (PL-RJ), relator da comissão, também pediu para ouvir Eduardo Gussem como testemunha, ressaltando que a CBF tem um contrato com a empresa de monitoramento Sportradar e recebe regularmente relatórios sobre partidas suspeitas.
A CPI das Apostas Esportivas foi criada por iniciativa do senador Romário e é liderada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). A comissão conta com 11 senadores titulares e 7 suplentes, com previsão de duração de até 180 dias para investigar a manipulação de jogos e apostas esportivas no Brasil. Os trabalhos da CPI prometem ser intensos, com foco em esclarecer as práticas suspeitas e garantir a integridade do esporte brasileiro.