Críticos à implantação do mercado legal das bets no Brasil apontam que os serviços de apoio disponíveis não têm a estrutura necessária para lidar com o vício em apostas. A questão tem se ampliando mediante o histórico recente de atendimentos médicos.
O número de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagos a pessoas com doenças mentais por vício em álcool e em jogos tem aumentado desde a pandemia de Covid-19. Em três anos, no território brasileiro, os casos chegaram a 37% para alcoolismo, e em 350%, referente ao vício em jogos.
Pensando nesta questão, o Ministério da Fazenda publicou uma portaria contendo recomendações para as operados ajudarem a combater o problema. Dentre as medidas pensadas na saúde dos usuários, estão a criação de um limite de valor disponível para uso e de tempo na plataforma, bloqueios de uso, períodos de pausa e solicitações de autoexclusão, entre outras.
O que o Ministério da Saúde orienta em relação a problemas com jogos?
O Ministério da Saúde já foi consultado sobre a questão. Em nota, o organismo federal afirma que a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) oferece atendimento para pessoas com problemas de saúde mental, incluindo os relacionados a jogos.
Aqueles com suspeita de ludopatia devem procurar os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Lá, os indivíduos devem receber assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme a condição de saúde de cada um.
Porém, de acordo com especialistas consultados pela Folha de S. Paulo, as atuais equipes de saúde mental não receberam treinamento adequado para fazer o diagnóstico do vício, confirmá-lo e depois orientar o paciente e a família.
Atualmente, a maior rede de suporte é o Grupo de Jogadores Anônimos (JA), que funciona nos mesmos moldes do AA (Alcoólicos Anônimos). No entanto, são poucas ainda as cidades que oferecem o serviço à população, com apenas 39 unidades em todo o país.
Grupo de Trabalho Interministerial
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que irá integrar um Grupo de Trabalho (GT) juntamente com a Fazenda e outras pastas envolvidas para discutir mais profundamente o apoio a indivíduos com vício em apostas.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, respondeu que trabalha num conjunto “robusto de regras para detectar precocemente transtornos em apostas e apoiar os apostadores antes que seu comportamento se agrave”.
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