Investigação sobre POGOs tem focado em cúmplices menores e não em chefes de operação

O governo filipino tem se empenhado na investigação sobre POGOs, casas de aposta offshore no país que oferecem serviços à China e recentemente foram banidas nas Filipinas. Nesta segunda (7), o senador JV Ejercito afirmou à imprensa que as audiências sobre as operações se transformaram no equivalente de um “talk show.” Ele pediu a legisladores que começassem a caminhar para o verdadeiro objetivo do processo, que seria “identificar o sindicato do crime internacional que está realmente por trás disso.”

Grande parte da atenção no caso tem se voltado para Alice Guo, ex-prefeita da cidade de Bambam, Tarlac. Porém, o senador Ejercito defende que ela é “uma mera fachada” para uma operação maior de crime organizado.

Em um depoimento recente, o companheiro de cela do espião chinês auto-proclamado She Zhijiang, Wang Fugui, confirmou à senadora Risa Hontiveros que Guo também é uma espiã, “mas não é especial”.

Em março, o complexo da POGO Zun Yuan Technology, em Bambam, foi alvo de uma operação policial. Foram encontrados quase 900 trabalhadores vítimas de tráfico humano, forçados a aplicar golpes pela internet. O carro da prefeita também estava no local. Guo chegou a fugir do país, mas foi recapturada.

A luta contra as POGOs está ‘longe do fim’

Apesar da proibição, as POGOs continuaram a operar no país. Em 4 de setembro, um centro ilegal de POGOs foi descoberto na cidade de Subic. Em 3 de outubro, ainda outro foi invadido em Pasay City, próximo ao prédio do senado do país.

O senador Win Gatchalian disse que a luta contra as POGOs está “longe do fim. (…) Sindicatos criminosos continuam a explorar recursos de POGOs para alimentar suas operações fraudulentas”, disse ele. “Eles até conseguiram manter a operação logo atrás do senado – a instituição que os investiga.”

Guo considerou candidatura mesmo com investigação sobre POGOs

A imprensa filipina relatou esta semana que Guo estava considerando uma segunda candidatura para a prefeitura de Bamban. Seu advogado, Stephen David, disse que ela faria isso para “mostrar seu amor pelo povo”.

Porém, ela perdeu o prazo de 8 de outubro para registro e afirmou que se irá se concentrar em provar sua inocência. Dentre as acusações criminais que enfrenta, cita-se corrupção, tráfico de pessoas e fraude.

Fonte: iGB

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