Apostas ilegais: Interpol faz mais de 5 mil prisões em operação mundial

Uma investigação mundial liderada pela Interpol apreendeu mais de US$ 59 milhões associados a apostas ilegais ligadas à Eurocopa 2024, e resultou em mais de 5.100 prisões em diferentes países, segundo a agência internacional.

A investigação SOGA X contou com a colaboração de 28 países e territórios. A Interpol afirma que milhares de sites clandestinos foram derrubados e centenas de vítimas de tráfico humano foram resgatadas.

Interpol: apostas ilegais estão relacionadas a tráfico de pessoas e lavagem de dinheiro

Estima-se que o mercado ilegal de apostas seja maior que o regulado, especialmente na Ásia, foco da operação. Juntas, as operações de bets clandestinas no continente valem cerca de US$ 1,7 trilhão, de acordo com a Federação Asiática de Corridas de Cavalo. O futebol é de longe o esporte que mais recebe apostas.

“As redes de crime organizado lucram enormes quantias com jogos de azar ilegais, que muitas vezes estão interligados com corrupção, tráfico humano e lavagem de dinheiro”, disse Stephen Kavanagh, diretor executivo de Serviços Policiais da Interpol, em comunicado.

Em um dos casos investigados pela operação SOGA X, policiais filipinos com o apoio da Interpol invadiram um centro de golpes operando ao lado de uma POGO, casa de apostas offshore licenciada pelas Filipinas.

A operação resultou no resgate de mais de 650 vítimas de tráfico humano, que foram atraídas para o complexo com promessas de emprego. As vítimas eram forçadas a trabalhar sem remuneração por meio de ameaças, intimidação e confisco de passaportes. Esta não é a primeira vez que POGOs têm ligações com o crime organizado.

Em outro caso, no Vietnã, a polícia local descobriu um esquema de jogos de azar com uma receita diária de US$ 800 mil. O grupo usava domínios espalhados em vários países e empregava uma rede de contas bancárias para lavar o dinheiro.

Na Tailândia, a polícia apreendeu ativos no valor de US$ 9 milhões ligados a outra rede ilegal de jogos e lavagem de dinheiro, segundo a Interpol.

Na Grécia, um esquema semelhante controlava 3.000 contas “laranjas” de usuários em sites de iGaming legais na Grécia, Chipre e Espanha. As contas eram criadas com cartões de identidade roubados e documentos falsificados, e usadas para dividir os lucros de jogos ilegais por meio dos sites regulados.

Bets ilegais e manipulação de resultados

A Interpol também apontou que apostas ilegais podem estar relacionadas à manipulação de resultados. Segundo a agência, quando os jogos clandestinos se encontram desenfreados, indivíduos corruptos conseguem influenciar partidas mais facilmente. “Portanto, a operação SOGA X também visava interceptar e interromper qualquer sinal de manipulação”, afirmou a polícia internacional. As investigações ainda estão em andamento.

(Fonte: casino.org)

Fique ligado!

Não deixe de seguir as últimas informações sobre o mundo das apostas, poker e eSports aqui no BetBox TV. Estamos disponíveis no YouTube e em todas as redes sociais.

Compartilhe