Autorizada para operar no Brasil, a Betfast já está preparando o terreno para 2025. Em entrevista ao BetBox tv, a companhia falou sobre as movimentações recentes da bet, diante das exigências do Ministério da Fazenda para a implementação do mercado regulado, e de mudanças que devem ser sentidas pelos usuários.
Paulo Joanello, CFO da FastGaming SA, administradora da Betfast, explica que um sistema de cashback deve ser implementado nos próximos meses. “Já que não é permitido mais darmos bônus aos usuários, iremos implementar o cashback para todos os jogadores. Com todas as normas que vierem, vamos seguir transformando a experiência na melhor possível para todos”, garante ele.
Na plataforma, segundo Joanello, o grande destaque tem sido o futebol, com streaming ao vivo de diferentes partidas – 55% do volume da bet é de esportes. “O nosso diferencial tem sido o atendimetno ao consumidor. Nosso sistema é de resposta rápida, atende todos o mais direto possível.”
Apesar da empolgação com o mercado regulado e com as inovações previstas, o CFO reconhece alguns dos desafios recentes. No último semestre, a Betfast cortou os investimentos em marketing para poder fazer o pagamento da outorga de R$ 30 milhões exigida pelo Governo Federal para poder seguir funcionando.
“Precisamos nos reestruturar, mantendo somente as atividades básicas. Mesmo assim, seguimos crescendo, com jogadores felizes com a nossa plataforma e estamos nos preparando para perder o menor número possível de jogadores por conta dessa migração de sites”, explica Joanello, citando a obrigatoriedade dos sites legais no país a terem que adotarem a URL com terminação “.bet.br”.
Em atividade oficialmente desde 2021, a Betfast surgiu a partir do trabalho do próprio CFO, que passou a estudar o mercado de iGaming desde a liberação dos jogos online no país em 2018, no governo Temer. De lá para cá, a empresa estabeleceu sua licença base em Curaçao e segue apenas no Brasil com sua atividade. “Ainda não temos expectativa de ir para fora, nosso foco é aqui.”
A respeito da regulação, Joanello elogia a postura do governo e acredita que as regras tem dado certo. A única preocupação é sobre os sites ilegais e como os bloqueios vem sendo realizados – já que as exigências são grandes para quem deseja operar na legalidade.
“Espero que o mercado de bet cresça muito e que o país siga abrindo portas. A concorrência será grande, porém, de maneira organizada, tem espaço para todos trabalharem”, finaliza.
- Reportagem de Júlio Boll