mercado das apostas

Como o mercado das apostas pode se tornar mais sustentável?

Simon Trim, consultor estratégico da 10star, empresa especializada em serviços de mercado e gestão de riscos no setor de apostas esportivas, compartilhou argumentos no iGaming Business sobre como a inovação no mercado das apostas, gestão de riscos e uso de dados pode levar a uma relação mais sustentável e harmoniosa entre cliente, plataforma fornecedora e operadora.

Muitas vezes, as relações entre os três principais elementos das apostas esportivas – o cliente, a operadora e a plataforma que providencia o software – são adversariais e conflitantes. Trim parte da definição de sustentabilidade, um “desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”, para argumentar que a indústria da sorte ao redor do mundo poderia ser mais simbiótica e menos antagônica.

O cliente é o coração da indústria de apostas e jogos

O cliente é o centro das apostas esportivas; afinal, sua participação alimenta a receita que sustenta tanto a operadora quanto a plataforma. Simon Trim alega que “as casas de apostas buscaram ganhar essa receita principalmente por meio do aproveitamento de sua marca.”

“O cenário das apostas esportivas é caracterizado por um nível destrutivo de gastos com marketing de massa para atrair novos clientes a uma proposta de apostas esportivas amplamente homogênea.”

Um dos focos recentes na incrementação da receita tem sido impulsionar os lucros de curto prazo, focando em acumuladores e apostas múltiplas no mesmo jogo (SGPs, ou same game parlays). O modelo oferece margens de lucro extremamente altas, mas não garante a sustentabilidade dos clientes que as casas de apostas adquiriram.

“Não é um grande salto supor que os apostadores logo encontrarão maneiras mais divertidas de interagir com o esporte se os atuais produtos de SGPs que estão consumindo lhes dão pouca chance de ganhar devido às altas margens a favor dos operadores”, declara Trim. Assim, surge a necessidade de repensar os modelos de negócio no mundo das apostas.

Plataformas podem oferecer pacotes negativos para o mercado de apostas

As operadoras, que são o foco em que os consumidores finais interagem com serviços de bets, muitas vezes dependem muito das plataformas que providenciam o software necessário. Estas muitas vezes fixam custos cada vez mais altos para os serviços necessários para operação. Cada ciclo de renovação desses pacotes aumenta ainda mais a bola de neve.

Plataformas então costumam oferecer pacotes de outros serviços além do software básico, especialmente odds para jogos. Muitas vezes, essas odds são copiadas de outros lugares e costumam ser de baixa qualidade.

“Um modelo de negócios caracterizado por marketing caro, odds genéricas e altos custos de dados destruiu valor para a série de operadores que foram forçados a sair do mercado dos EUA”, afirma Simon Trim.

As receitas geradas por odds genéricas e abaixo do padrão não são suficientes para cobrir os altos custos de fornecimento de dados, operações, licenciamento e regulamentação necessários para operar uma casa de apostas moderna, mesmo com geração de lucro supernormal a partir de SGPs, o que a longo prazo levará a menos clientes e não mais. Estes são os comportamentos de um relacionamento parasitário e destrutivo – não um simbiótico e sustentável.”

Como o mercado das apostas pode se tornar mais sustentável

Como alternativa para o modelo de mercado de apostas criticado, Trim oferece uma alternativa mais sustentável. A partir de um aumento na qualidade da análise de dados e experiência em definição de probabilidades (odds), seria possível quebrar a dependência dos pacotes ofertados pelas plataformas.

“Inovar na forma como os dados são usados ​​é a chave para desbloquear um futuro mais sustentável para todos os participantes da indústria. O caminho para lucros maiores a longo prazo não está em os clientes continuarem perdendo em SGPs na taxa atual; está em os clientes perderem dinheiro a uma taxa mais lenta“, argumenta Simon Trim.

Segundo o analista, produzir preços melhores requer conhecimento aprimorado e gerenciamento de riscos especializado. Isso garante que um volume maior de rotatividade gere retornos mais altos por meio do aumento da eficiência dos preços, em vez de apenas vazar lucros sem maior planejamento.

Um fornecedor que pode unir os parâmetros simbióticos de preços e gerenciamento de riscos por meio do uso aprimorado de análises de clientes em tempo real pode reparar o dano que o custo insustentável, impulsionado em grande parte pelas práticas da cadeia de suprimentos atual, fez à indústria.”

(Fonte: iGamingBusiness)

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