Governo avalia inclusão de jogos no “imposto do pecado”

A equipe econômica do governo está considerando a possibilidade de incluir os jogos no imposto seletivo, popularmente conhecido como “imposto do pecado”. De acordo com a iGaming, este tributo já foi aprovado como parte da reforma tributária, mas precisa ser regulamentado. Nos últimos dias, o Congresso Nacional tem debatido intensamente essa questão.

Possíveis impactos

A proposta de tributar jogos, semelhante à abordagem adotada para cigarros e bebidas alcoólicas, está sendo cuidadosamente avaliada. Bernard Appy, secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, destacou a necessidade de calibrar a tributação para evitar estimular o contrabando.

“É uma demanda de alguns deputados e estamos avaliando se faz sentido ou não. Assim como no caso do cigarro, sabemos que jogos podem fazer mal à saúde, mas é preciso encontrar o equilíbrio na tributação para não incentivar o contrabando,” afirmou Appy.

Até o momento, o Ministério da Fazenda não tomou uma decisão definitiva sobre a inclusão dos jogos no “imposto do pecado”, mas a análise está sendo conduzida em conjunto com a Secretaria de Apostas.

O que é o ‘imposto do pecado’?

A emenda constitucional define que o imposto seletivo ocorre sobre a produção, extração, comercialização e importação de bens ou serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Na regulamentação, serão listados os produtos e serviços sujeitos ao imposto e suas respectivas alíquotas.

Produtos atualmente sugeridos para inclusão no imposto incluem cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, automóveis e petróleo. A adição dos jogos a essa lista surge após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter divulgado que os apostadores perdem anualmente cerca de US$ 400 bilhões.

Legalização dos jogos no Brasil

Recentemente, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou um projeto de lei que legaliza jogos no Brasil, abrangendo bingo, jogo do bicho e cassinos. O projeto, aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022, ainda precisa passar pelo Plenário do Senado. Caso não haja alterações, seguirá para sanção presidencial.

Declaração de Lula

Na última sexta-feira (21), o presidente Lula afirmou que sancionará o projeto de legalização dos jogos. Entretanto, com a aprovação do Congresso Nacional. “Se o Congresso aprovar e houver um acordo entre os partidos políticos, não tem por que não sancionar,” disse Lula.

De acordo com o projeto de lei, apenas maiores de 18 anos poderão apostar. No entanto, pessoas diagnosticadas com compulsão por jogos ou interditadas judicialmente pela família serão proibidas.

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