O presidente da CPI de Manipulação de Jogos e Apostas, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), pediu que a prisão preventiva do empresário Thiago Chambó Andrade. Após faltar novamente ao depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito, Kajuru decidiu acionar a Advocacia do Senado para analisar se Chambó poderia estar viajando, uma vez que ele estaria em liberdade provisória.
Chambó é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Goiás e é apontado como um dos principais financiadores de um esquema de fraudes. Ele foi convocado pela CPI com condução coercitiva autorizada pela Justiça Federal, mas não foi localizado. Nesta terça-feira (10), agentes da Polícia Legislativa do Senado foram até São Paulo mas, nos endereços listados pelo empresário, foram encontrados apenas familiares, que informaram que ele estaria no interior do estado.
Somente nesta terça-feira, dia do depoimento, o advogado de Thiago Chambó comunicou à CPI que seu cliente não compareceria por estar em uma viagem programada. No entanto, o presidente do colegiado, senador Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, afirmou que o bilhete de passagem foi adquirido no dia 5 de novembro, data posterior à sua primeira convocação, à qual ele já não havia comparecido.
“Suscitam o acionamento da Advocacia Geral do Senado Federal para que sejam adotadas as providências judiciais cabíveis e, prazeirosamente, eu incluo, como presidente desta CPI, a prisão preventiva por possível descumprimento dos termos da sua liberdade provisória”, apontou Kajuru.
Nesta quarta-feira (11), a CPI ouvirá o empresário Ede Vicente Ferreira Junior, investigado na Operação VAR, que apura manipulação de resultados em partidas da Série B do Campeonato Carioca; e Daniel Vasconcelos, presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, suspeito de envolvimento em esquemas ilícitos no futebol na capital federal.
Fonte: Agência Senado