A KTO, uma das principais plataformas de apostas, anunciou que reduzirá sua presença na América Latina, focando apenas no Brasil. A novidade foi confirmada pelo fundador e CEO da companhia, Andreas Bardun, afirmando que o negócio deixará de atuar no Peru e no Chile.
Lançada em 2018, a KTO aposta em seu pioneirismo no mercado de apostas licenciadas, diante a regulação do mercado brasileiro.
“Entramos no Brasil talvez há quatro ou cinco anos, quando não havia tanta atração, as pessoas não conseguiam realmente ver o potencial”, disse Bardun ao iGB. “E percebemos que não havia nenhum tipo de localização do produto.”
KTO visualiza Brasil como ‘continente’
Conforme o iGB, a KTO tinha a possibilidade de renovar sua licença no Peru para 2025, mas optou por encerrar suas atividades. Expandir para outros mercados latino-americanos não está totalmente descartado.
“Mas uma coisa é que o Brasil é tão grande, que sempre temos uma piada interna e dizemos que o Brasil não é realmente um país, é um continente, porque nós apenas arranhamos a superfície do Brasil”, disse ele, que acredita que a KTO deva voltar a investir em outros dois país da América Latino nos próximos anos.
“Estamos vendo um retorno tão bom sobre o investimento no Brasil no momento que acho que, embora provavelmente entraremos em pelo menos mais um ou dois mercados na região da América Latina nos próximos três a quatro anos, eu diria que o Brasil ainda será o foco total porque temos muito mais a fazer lá.”
Atualmente, a empresa patrocina diferentes clubes do país, como a Chapecoense, o time de basquete Caxias Do Sul e o Minas Tênis Clube de vôlei e basquete. Além disso, integra o Instituto Brasileiro do Jogo Responsável.
A KTO é uma das 17 operadoras que já solicitaram uma licença de apostas ao Ministério da Fazenda.
Licenciamento
Para obter a autorização necessária da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e operar de forma regularizada a partir de 2025, as empresas precisam cumprir uma série de critérios, incluindo habilitação jurídica, regularidade fiscal e trabalhista, idoneidade, qualificação econômico-financeira e técnica. Além disso, será necessário o pagamento de uma taxa de outorga de R$ 30 milhões, válida por cinco anos.
As empresas de apostas esportivas que desejam operar legalmente no Brasil têm até a próxima terça-feira (20), para solicitar autorização junto ao Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), do Ministério da Fazenda.