Orgulho BetBox tv: Cristiane Rozeira, da seleção feminina, percebeu efeito dominó ao se assumir lésbica; veja entrevista

🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈

Cristiane Rozeira, ou simplesmente Cris, é uma das jogadoras mais importantes da seleção feminina de futebol e se destacou por sua representatividade LGBTQIA+ no futebol. O BetBox tv  agradece a oportunidade de apresentá-la como a terceira entrevistada do especial de nosso site sobre o mundo LGBTQIA+ dentro do universo de apostas e games. É junho, é mês do Orgulho, é BetBox tv.

🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈

(Crédito: Livia Villas Boas / CBF)

Aos 39 anos, Cristiane Rozeira se tornou um símbolo de resistência e representatividade LGBTQIA+. Dentro das quatro linhas, é uma das jogadoras mais importantes da seleção brasileira feminina e defende o Flamengo, considerada uma das principais atletas do país.

Além disso, Cris é a goleadora máxima do futebol nos Jogos Olímpicos – entre todas as edições dos torneios femininos e masculinos, ninguém fez mais gols que ela. Ao todo foram 14, em Atenas 2004, Beijing 2008, Londres 2012 e Rio 2016.

No final de junho, a jogadora do Flamengo conversou com o BetBox tv sobre a representatividade LGBTQIA+ dentro do futebol. Em 2019, ela assumiu um namoro com uma mulher e, desde então, tem sido uma lésbica que inspirou outras mulheres a falarem abertamente sobre o assunto.

A seguir, veja o bate-papo com Cris sobre a evolução da percepção sobre os LGBTs nos esportes nos últimos anos:

Representatividade LGBTQIA+

Cristiane Rozeira, como vê a questão da representatividade LGTBTQIA+ dentro do futebol feminino?

Olha, no futebol feminino, a representatividade LGBTQIA+ tem crescido bastante. Historicamente, o ambiente do futebol feminino tem sido mais inclusivo e aberto em relação à diversidade. O que não quer dizer que não haja desafios, mas temos visto cada vez mais jogadoras se sentindo confortáveis para serem quem são sem receio de criticas ou de perder oportunidades por isso.

E no masculino?

No futebol masculino, a situação é bem mais complexa pelo que vejo. Existe um preconceito maior e menos abertura para jogadores se assumirem publicamente. Se a gente vive um ambiente machista, ele é ainda mais machista no futebol masculino e isso dificulta essa representatividade. Ainda é raro ver jogadores assumidamente LGBTQIA+ no futebol masculino profissional, e isso precisa mudar. O ambiente tem que ser inclusivo, acolhedor.

(Crédito: Adriano Fontes/Flamengo)

O que precisa ser feito para melhorarmos essa representatividade no esporte?

Pelo que eu vejo e vivo dentro do esporte, são algumas possibilidades e frentes de atuação, por assim dizer. A primeira delas seria a educação e sensibilização: Programas de conscientização sobre diversidade e inclusão devem ser implementados desde as categorias de base até os níveis profissionais. Isso ajuda a criar um ambiente mais receptivo e compreensivo e o clube pode contar com as próprias atletas pra isso – em palestras, integração.

E um maior apoio das instituições?

Exato. As federações, clubes e organizações esportivas precisam promover e defender políticas inclusivas. Isso inclui aplicar penas, multas, à comportamentos preconceituosos e apoiar iniciativas de inclusão, como já vemos acontecendo em alguns lugares. A visibilidade e apoio também ajudariam: Atletas LGBTQIA+ podem usar a visibilidade como figuras públicas. Apoio psicológico é fundamental, pra essas e outras questões, especialmente quando falamos de atletas mais jovens, que o stress e cobrança podem pesar ainda mais.

Aceitação de Cristiane Rozeira

Como foi o processo de aceitação e quando decidiu falar abertamente sobre? Como lidou com as respostas do público?

Eu sempre fui muito tímida, muito quieta, minha família não conversava sobre nada. Por volta dos 18, 19 anos foi quando esse interesse pelas meninas começou a aparecer mais em mim, e eu parei em duas questões: eu tinha um preconceito tão grande que nem eu me aceitava. E tinha o medo, pensava “se o futebol feminino já não é bem visto, se eu falar que eu sou lésbica, aí que eu não vou ter contrato com ninguém nunca na minha vida. E, foi por isso que durante muito tempo eu tive essa parte mais fechada ao falar sobre a minha vida, sobre a minha sexualidade. Eu comecei a falar publicamente sobre isso quando deu uma virada de chave e as próprias marcas perceberam que as pessoas enxergavam positivamente a diversidade.

(Crédito: Livia Villas Boas / CBF)

Como foi essa mudança, Cristiane Rozeira?

Foi, de fato, um movimento, quase que um efeito dominó: conforme fui falando sobre isso nas redes sociais, percebi que outras jogadoras começaram a se identificar com a minha história e perder o medo de falar sobre isso também, e não só as mais novas como outras da minha geração também. Mas aí eu vejo que falar abertamente sobre minha vida tem um impacto positivo muito grande não só pras mais novas como pra outras da minha geração também e hoje um dos momentos de mais alegria e engajamento do público comigo, em que vejo tanto carinho é quando meu filho e minha esposa aparecem em momentos nossos, dentro e fora dos estádios e isso é muito legal.

Como tem sido a aceitação disso?

Claro que sempre existe gente com falas absurdas e criticas, mas nós conversamos muito pra quem essas falas tão preconceituosas e agressivas não mudem nada do que somos e o que decidimos passar pras pessoas. Ano passado, por exemplo, eu estive em uma premiação da Associação da Parada LGBQTIA+ em São Paulo, como uma das personalidades esportivas mais representativas para a comunidade e isso me mostra que é muito importante ter exemplos, representatividade né?

Apostas

E como somos um canal de apostas, como tem avaliado essa questão no país? Espera a regulamentação?

No geral, vejo as apostas como uma forma de entretenimento que pode ser positiva para o esporte, desde que sejam bem reguladas. Elas podem gerar receita para os clubes e aumentar o engajamento dos fãs, o que é ótimo para o crescimento do futebol. A regulamentação é crucial. Ela garante que as operações sejam transparentes e que os jogadores e apostadores sejam protegidos contra fraudes e abusos. Com uma regulamentação bem-feita, podemos minimizar os riscos de manipulação de resultados e promover um ambiente seguro e justo para todos.

🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈

Orgulho BetBox tv

Siga, nos próximos dias, a série de reportagens com outras personalidades do mundo das apostas e dos esportes que são representantes da comunidade LGBTQIA+. Fique ligado em nossas redes sociais e programação para mais novidades!

🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈🏳️‍🌈

Compartilhe