PayBrokers adianta como será novo sistema de contas de bets e vê um 2025 promissor; veja entrevista

Às vésperas do mercado regulado, as casas de apostas e empresas de finanças estão se preparando para os novos tempos. Para a PayBrokers, facilitadora de pagamentos em sites do ramo, o momento é de atenção especial com a mudança no sistema de contas dos usuários dentro das bets.

Em entrevista ao BetBox tv por e-mail, Leonardo Brodsky, Head de Vendas e Gestão de Contas da PayBrokers, explica mais sobre essas alterações no mercado e como 2025 será determinante nas novas movimentações de apostas.

Como deve se organizar o sistema de contas dentro das casas de apostas em breve? O que vocês imaginam?

Podemos abordar tanto a organização das contas operacionais, mantidas pelos provedores de pagamento, quanto a organização das contas dos usuários finais nos sites e a interação entre elas.

Em relação aos usuários, eles continuarão com suas contas no site, mas deverão cadastrar até três contas bancárias, em instituições autorizadas pelo Banco Central, para realizar depósitos e saques. Todos os pagamentos, tanto depósitos quanto saques, deverão ser feitos exclusivamente pelas contas bancárias cadastradas.

Para os operadores, a legislação exige que as casas de apostas operem com três tipos de contas: transacional, proprietária e reserva. A conta transacional será aberta com cada provedor de pagamento que o operador utilizar e será dedicada às transações dos usuários, como depósitos e saques.

É importante destacar que o saldo total de todas as contas transacionais deve ser equivalente ao montante devido aos usuários no site. Valores excedentes podem ser transferidos para a conta proprietária, enquanto eventuais déficits devem ser cobertos por transferências da conta proprietária para a transacional.

A conta proprietária pode ser única ou múltipla, dependendo das necessidades da empresa, e será utilizada para despesas operacionais e movimentações gerais. Já a conta de reserva, que só pode ser aberta em instituições financeiras específicas, deve conter R$5 milhões investidos em títulos públicos, funcionando como um fundo de segurança para casos de insolvência ou falta de liquidez. A movimentação dessa conta requer autorização prévia e deve seguir uma ordem específica: da reserva para a proprietária, e da proprietária para a transacional.

Leonardo Brodsky, Head de Vendas e Gestão de Contas da PayBrokers

O que muda para uma empresa como a PayBrokers? E para o usuário final?

A mudança é significativa para todo o mercado, que está migrando para um cenário completamente novo, com regras que priorizam a segurança, o jogo responsável, e políticas rigorosas de prevenção à lavagem de dinheiro e fraudes. O que antes era um diferencial nas operações agora se torna uma obrigação, como a adoção de políticas claras de PLD/FTP (Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo), seguindo as diretrizes da Secretaria de Prêmios e Apostas, além de certificações técnicas obrigatórias.

Na PayBrokers, nosso trabalho também está mudando. Adaptamos nossos serviços e produtos para atender às exigências do mercado regulado, com foco em otimização de custos operacionais, maior controle de segurança transacional e gestão eficiente dos saldos.

Para o usuário final, a mudança também traz mais controle e segurança. O cadastro será mais rigoroso, exigindo processos como KYC (Know Your Customer), que incluem validação de identidade por meio de documentos e biometria facial, conforme exigido pela legislação.

O que a PayBrokers está fazendo para se antecipar a essas mudanças?

Desde o início das discussões sobre regulamentação, temos implementado políticas robustas de compliance, monitoramento de transações e movimentações financeiras anormais, além de serviços que otimizam a experiência do usuário final.

A adaptação foi feita gradativamente, acompanhando a publicação das portarias e garantindo que nossos serviços estejam 100% alinhados à legislação. Nosso objetivo é manter a excelência nos pagamentos e na tecnologia, garantindo a mesma capacidade de processar altos volumes de transações com altos índices de conversão e segurança.

Como a PayBrokers avalia essa nova regulação do mercado? Está sendo importante, benéfico?

A regulamentação será extremamente benéfica para a longevidade e a saúde do mercado. Ela traz mais segurança, promove uma competição justa e profissionaliza ainda mais o setor. Antes, a ausência de regras claras permitia que alguns players operassem fora de qualquer norma.

Com as novas diretrizes, as operações se aproximam do nível de maturidade de mercados regulados há décadas, como o Reino Unido e os Estados Unidos. Além disso, o setor contribuirá significativamente para a economia, gerando empregos e consolidando-se como um mercado de entretenimento legítimo.

O que vislumbram para 2025 na PayBrokers? O que os usuários/operadores podem esperar?

2025 será o primeiro ano efetivo de um mercado regulado, marcado por aprendizado e adaptação. Nosso foco será implementar soluções que promovam crescimento, inovação e escalabilidade, enquanto reforçamos o conceito do setor como um mercado de entretenimento.

Na PayBrokers, sempre nos destacamos por sermos pioneiros em tecnologia, segurança e eficiência no processamento de pagamentos. Temos uma infraestrutura robusta, projetada para lidar com altos volumes de transações com conversões expressivas, e um compromisso inabalável com políticas de compliance rigorosas e monitoramento contínuo de transações. Nosso objetivo é garantir que operadores e usuários tenham a melhor experiência possível, com um serviço rápido, confiável e transparente. É um ano promissor para desmistificar tabus e consolidar a regulamentação como um marco para o desenvolvimento do mercado de apostas no Brasil.

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