O BetBox tv, como primeiro canal de televisão dedicado às apostas esportivas e cassinos, tem como grande preocupação a prática do Jogo Responsável. Tomando consciência do fato de que muitos apostadores podem chegar a enfrentar a problemas com jogo, estão aqui reunidas algumas informações sobre esta dependência, incluindo quatro dos principais sinais de que alguém possa estar enfrentando um vício em apostas.
Como surgem os problemas com jogo?
Segundo neurologistas ouvidos pela revista acadêmica The Conversation, quando os jogadores obtêm um resultado positivo em sua aposta, eles também apresentam uma maior ativação no sistema de recompensa do cérebro.
A dopamina, neurotransmissor que ajuda as células nervosas a se comunicarem, é conhecida no imaginário popular por ser uma importante substância química nesse sistema.
Ainda segundo a The Conversation, um estudo mostrou que jogadores compulsivos apresentaram níveis significativamente mais altos de animação quando a dopamina foi liberada em seus cérebros em comparação a pessoas saudáveis, reduzindo a inibição de decisões arriscadas.
Rapidamente, a adrenalina de conseguir um Green arriscado vai sendo mais e mais procurada, e o jogador patológico precisa de mais e mais riscos para se sentir bem.
Alguns dos fatores que podem agravar o jogo patológico são problemas financeiros, onde as apostas são vistas como plano de fuga, e características genéticas para predisposição a vícios.
Confira alguns dos sinais que podem indicar problemas com jogo
Necessidade de apostar constantemente
Estar preocupado com o jogo, como planejar constantemente atividades atreladas a games e como conseguir mais dinheiro para apostar podem ser sinais que indicam dependência.
Em um caso mais extremo, um homem viciado em apostas esportivas contou à BBC que “alguns dias não conseguia dormir a menos que soubesse que tinha apostado”. “Chegou ao ponto em que eu estava apostando em esportes que nunca tinha visto em países dos quais nunca tinha ouvido falar”, afirma ele à reportagem.
Problemas financeiros
Muitas pessoas erroneamente encaram as apostas esportivas como uma fonte de renda, o que pode levar a decisões financeiras ruins em nome da banca. Alguém que está passando por problemas com dinheiro em outros aspectos da vida devido a jogos online deve reavaliar sua relação com esta forma de entretenimento.
Segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto, 86% dos apostadores brasileiros têm alguma dívida, e 64% estão negativados no Serasa.
Piora dos relacionamentos interpessoais
Os problemas financeiros e acúmulos de dívidas serão sentidos também pelo círculo imediato do jogador compulsivo. Muitas vezes, também, fundos de garantia compartilhados são drenados secretamente para alimentar o vício. Todos esses fatores alimentam desconfiança e ressentimento em relações pessoais, o que pode se intensificar ainda mais.
Steve Rose, pós doutor em Sociologia e especialista em vícios, relata que a ludopatia também pode levar a alterações de humor, irritabilidade e dificuldade com intimidade emocional e física.
Dependências de outros comportamentos
Muitas vezes, o apostador patólogico que tenta eliminar o vício acaba trocando-o por outro. Aqueles que têm uma predisposição genética a dependências normalmente caem no uso de outras drogas ou outros comportamentos compulsivos, como o vício em compras.
Segundo uma pesquisa no American Journal on Addictions (Revista Americana dos Vícios), a dependência de álcool e nicotina também tem sido associada a uma maior compulsão por apostas, e cada uma das três podem aumentar o risco de recaída das outras.
O que fazer se estiver lidando com problemas com jogo
No Brasil, o Instituto de Apoio ao Jogador fornece atendimento personalizado e encaminha apostadores para especialistas. Saiba mais clicando aqui.
O Jogadores Anônimos compartilha “suas experiências, energia e esperança, com o objetivo de parar de jogar, manter-se abstinente e ajudar outros jogadores compulsivos a fazerem o mesmo.” Além do grupo de apoio e reuniões presenciais espalhadas por todo o Brasil, também conta com uma linha de ajuda nacional.
Além disso, o Ministério da Saúde afirma que a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) oferece atendimento para pessoas com problemas de saúde mental, incluindo os relacionados a jogos.
Aqueles com suspeita de ludopatia devem procurar os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Lá, os indivíduos devem receber assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme a condição de saúde de cada um.
*Reportagem de João Aguiar
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