O cassino Wynn Resorts de Las Vegas irá abrir mão de mais de 130 milhões de dólares após admitir atividades criminais ao utilizar o serviço de empresas de transferência de dinheiro não licenciadas.
O Distrito Sul da Califórnia autuou o processo. Nele, é dito que o acordo com o Wynn Las Vegas (WLV) é o maior acordo com um cassino baseado em admissões de irregularidades criminais. A perda total é de US$ 130.131.645, aproximadamente 730 milhões de reais.
De acordo com um comunicado de imprensa da promotoria do Distrito, o grupo Wynn fechou um acordo para não responder criminalmente, admitindo que utilizou empresas de transferência de dinheiro não registradas para contornar o sistema financeiro convencional.
“Os cassinos, como todas as empresas, serão responsabilizados quando permitirem que os clientes evitem as leis dos EUA por causa do lucro”, disse a procuradora Tara McGrath. “A supervisão federal procura evitar que fundos ilegais manchem negócios legítimos, garantindo que os cassinos ofereçam uma opção de entretenimento limpa, próspera e segura.”
Como era o esquema de transferências do Wynn Las Vegas
Ainda segundo a promotoria, a Wynn contratava regularmente indivíduos terceirizados para atuarem como empresas de transferência de dinheiro não licenciadas, para recrutar jogadores estrangeiros para a WLV.
Para que os jogadores pagassem dívidas ou tivessem fundos disponíveis para jogar no cassino, os agentes transferiam os fundos dos apostadores por meio de empresas, contas bancárias e outros terceiros situados na América Latina e em outros lugares e, finalmente, para uma conta bancária controlada pela WLV na Califórnia.
Funcionários do Resort, com o conhecimento de seus supervisores e trabalhando com os agentes independentes, por fim creditavam a conta de cada jogador estrangeiro. O esquema emaranhado permitiu que os apostadores na WLV se esquivassem de leis estrangeiras e estadunidenses sobre transferência monetária.
Um único agente independente conduziu mais de duzentas transações em contas bancárias pertencentes ou associadas ao WLV, beneficiando mais de 50 jogadores ao redor do mundo e movimentando mais de 17 milhões de dólares (R$ 95 milhões).
Confira outras infrações do Wynn Las Vegas
Outras atividades criminosas do WLV envolvem conhecimento da prática de human hat gamling, ou “apostar com um chapéu humano”. O esquema envolve uma pessoa que compra fichas em determinado cassino e joga no lugar de outra pessoa próxima que, em alguns casos, devido infrações anteriores, não pôde ou não quis realizar transações financeiras ou jogar sob sua própria identidade.
Em outro caso, a WLV permitiu e não relatou transações envolvendo milhões de dólares por um indivíduo que, de acordo com informações publicamente disponíveis, passou seis anos na prisão na China por realizar transações monetárias internacionais não autorizadas e violações de outras leis financeiras.
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